Frost é um showman, um homem nada sério, que vê neste programa uma chance de estabelecer uma reputação e dar ao ex-presidente o julgamento que nunca teve. O interessante é ver como se constrói a preparação para o grande dia. A entrevista é dividida em quarto partes.
Sem preparo nenhum Frost tenta tirar de Nixon a declaração de culpa no escândalo dos grampos. Mas o jornalista é surpreendido por um político acostumado às câmeras, que sabe como responder uma pergunta sem deixar que o repórter o interrompa, ou ainda mudar completamente o rumo da pergunta, sempre saindo como vítima ou vencedor.
O jogo só muda depois de um telefonema no meio da noite em que Nixon desafia Frost e mostra que apenas um pode ganhar.
E como ele ganha? Se preparando, lendo os relatórios escritos pelos produtores, conhecendo a fundo a história do entrevistado. Parece óbvio? Mas não é. Esta é a regra número 1 ensinada nas faculdades de jornalismo, mas porque todos parecem esquecê-la já que ela é tão simples?
Não sei, pode ser excesso de confiança, ou por pensar que já viu bastante que já sabe tudo e não é um principiante.
Mas este erro do personagem é o mesmo cometido todos os dias em muitas redações.
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