segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Cala-te...

É pela fala que nos expressamos. Pela voz que damos tom e som a nossos pensamentos. Jogamos ao vento nossas ideias. Ouvir um "cala-te" é pior que um tapa na cara. É como uma surra injusta. Não poder falar é como estar de braços atados, preso, sem ter para aonde ir. Assim me senti ao perder o som que saía de minhas cordas vocais. Abrir a boca, tentar pronunciar algumas palavras e só sair frases riscadas era angustiante.

Isso nunca tinha me acontecido antes. Sentia medo de não conseguir terminar uma frase. A voz começa bem, mas ia perdendo a força a medida que a conversa seguia. Até que como um fino filete d'agua virava um pingo e quase cessava. Só com muito esforço e tosse ela era revigorada para entrar novamente no ciclo. O medo pode ser maior porque a voz é um dos meus instrumentos de trabalho. Vivo dela. Sem voz posse editar, é claro. Mas não posso apresentar o tempo, por exemplo. Parte de minhas funções ficam incompletas. Agora me alio a mel, gengibre, remédios, chás e gargarejos. Tudo para poder, muito em breve, voltar ao normal.

Um comentário:

Dieta já disse...

que coisa horrível
mas agora tu já está melhor, né, djan?
beijos